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Mineralogia



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Rochas Metamórficas



Galena, Sfarelita e Marcassita
“Metamórficas” é o nome dado a rochas que sofreram transformações pela ação da temperatura, pressão, tensão mecânica e/ou pela adição ou subtração de compostos químicos. As rochas preexistentes das quais os estratos metamórficos se formaram podem ser de origem sedimentar ou ígnea. As rochas metamórficas podem também se originar de depósitos metamórficos mais antigos, preexistentes.
Geralmente, as rochas metamórficas se formam em zonas que podem se estender através de milhares de quilômetros, conhecidas como cinturões orogênicos (“orogênico” deriva da palavra grega que significa “formação de montanha”. Entre os melhores exemplos estão as Grampian Highlands, na Escócia, os Alpes, na Europa, e os Apalaches, nos EUA. Há quatro principais processos metamórficos e diversas variações dos temas básicos. Aqui está uma descrição em linhas gerais dos tipos mais importantes.
Rochas cataclásticas
Algumas rochas formadas bem no início do desenvolvimento da Terra foram alteradas mais tarde por tensão mecânica, conforme a crosta sofreu dobramentos tomando novas posições. Essas alterações, conhecidas como metamorfismo dinâmico ou cataclase, geralmente ocorrem com pequena mudança de temperatura. Entre as rochas cataclásticas típicas estão as brechas.
Contato
O metamorfismo de contato é decorrente de temperatura elevada, mas sob pressão baixa, e pode atingir apenas uma pequena área de formações muito maiores que, em grande parte, não são afetadas por esse processo. As rochas formadas por metamorfismo de contato tendem a estar associadas de perto com intrusões ígneas. São exemplos de rochas resultantes dessas transformações a hornblenda e o piroxênio hornfels. Ambos recristalizam a pouca profundidade e temperaturas entre 200° e 700°. Andaluzita, anortita, cordierita, diopsídio, granada grossular e wollastonita estão entre os muitos minerais e gemas que podem ser encontrados em depósitos de metamorfismo de contato.
Regional
O metamorfismo geológico mais comum e difundido é o regional. As rochas assim descritas são afetadas, às vezes, apenas pelo calor, mas geralmente isso ocorre durante as transformações de aumento de temperatura e pressão. O metamorfismo regional pode ser causado tanto por altas temperaturas quanto por baixas. Exemplos de rochas desse tipo são os xistos e os gnaisses, de granulação grossa e ricos em feldspato.
Outras formas
Além dessas, existem ainda outras formas de metamorfismo. Uma ocorre quando rochas e minerais são afetados por diminuição de temperatura e pressão: isso é conhecido como metamorfismo retrógrado. Metassomatismo é o termo usado para descrever o metamorfismo causado pela adição de componentes químicos a rochas e minerais preexistentes ou subtração desses componentes. O metamorfismo metassomático geralmente ocorre na presença de soluções. O polimetamorfismo indica depósitos que foram afetados por mais de um processo metamórfico. O metamorfismo hidrotermal é causado pela ação da água a temperatura e pressão elevadas.
Graus de mudança
Os extratos preexistentes de onde as rochas metamórficas se formaram têm graus variáveis de resistência a forças externas. Mas, geralmente, quanto mais uma rocha fica exposta a calor e pressão, maior será o grau de metamorfismo sofrido. Portanto, se observarmos uma seqüência de rochas metamórficas, descobriremos que o menor grau de metamorfismo produz ardósia, uma rocha de granulação muito fina, em cuja composição entra a mica (micácea). Mais além, ao longo da seqüência, vamos encontrar o filito ou uma ardósia laminada, de granulação grossa: à medida que o grau de metamorfismo aumenta, essas rochas acabam por dar lugar ao xisto.
O metamorfismo adicional leva à produção de gnaisse e depois ao granulito, uma rocha laminada sem mica.